* Da redação *

Adramaturga Manuela Dias (foto), indicada a dois Emmys e autora da novela “Amor de Mãe” e da série “Justiça”, ambas pela TV Globo, estreia na literatura com um romance inspirado na vida de Tilikum, baleia orca que foi capturada nas águas geladas da Islândia, separada da mãe e ficou presa por 32 anos, servindo de entretenimento nos parques do Seaworld. Manuela conheceu a saga de Tilikum – mesmo título do livro que sai pela editora Melhoramentos – assistindo ao Blackfish, documentário de 2013. “Senti uma empatia tão grande por aquela baleia cativa há 32 anos, louca, assassina, produto-ruína do seu meio, enclausurada, reprodutora sexual, 21 filhos dos quais poucos ela conheceu e que morreu de pneumonia num tanque qualquer”, afirma Manuela.

Neste livro de estreia, a dramaturga toma emprestada a cronologia da vida da baleia para contar a história de um homem chamado Tilikum, portador de uma mutação genética que o faz ser diferente de outros homens, mas não menos homem do que qualquer um de nós. Capturado aos dois anos de idade, ele passa a vida como cativo, sendo treinado para apresentações públicas.

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Com textos e fotos do autor, Memórias sangradas: vida e morte nos tempos do cangaço entrelaça as histórias de 43 personagens que vivenciaram o cangaço, o imaginário do movimento que dominou o interior do nordeste brasileiro entre os anos 1920 e 40, aspectos da vida sertaneja e a própria experiência de Beliel em busca dessas histórias por mais de uma década. O autor é Ricardo Beliel e a edição foi feita pela Editora Olhares, com apoio do programa Rumos Itaú Cultural. O livro traz 125 fotografias e será lançado hoje, no Bar Beco, na Vila Madalena.

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Hoje, também em São Paulo, na Livraria da Travessa, acontece bate-papo entre o poeta e professor da Sorbonne, Leonardo Tonus, autor de Diários em mar aberto, e o dramaturgo Newton Moreno, de Cidades sensíveis, ambos publicados pela Folhas de Relva Edições, braço editorial desta São Paulo Review. Eles conversam com o editor da casa, Alexandre Staut.

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A coleção Danças do Brasil, escrita por Ieda de Oliveira, com ilustrações de Cecília Murgel, para crianças de todas as idades, está sendo lançada pela Editora Cuore. A pré-venda de seus três volumes já está disponível no site da editora. Mary del Priore, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, diz que “graças a uma pesquisa sensível e exaustiva, a escritora reconstituiu o universo sonoro, os gestos e as estórias que são contadas através de nossos ritmos de outrora”.

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Acabam de chegar à nossa redação três super títulos da Globo Livros: A reabilitação, de Leslie Jamison, com tradução de Santiago Nazarian, em que a autora expõe os tabus de nossa relação com os entorpecentes e nossos próprios desejos sombrios em um relato sincero, ousado e verdadeiro; Bibliotecária de Auschwitz, de Dita Kraus, tradução de Isadora Sinay. Dita Kraus se tornou famosa em todo o mundo por ter sido a guardiã dos livros levados clandestinamente para Auschwitz por judeus. Sua história foi imortalizada por um romance inspirado nos tempos sombrios em que foi prisioneira em campos de concentração, mas a sua vida é muito mais admirável e surpreendente. O terceiro e saboroso livro é O incrível garoto da Parada do Apito, de Fannie Flagg, com tradução de Ana Guadalupe, a aguardada continuação de Tomates verdes fritos.

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