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Medley ou os dias que aprendi a voar marca a estreia da escritora e roteirista Keka Reis na literatura juvenil. A obra é inspirada em seu primeiro longa-metragem adolescente, premiado em festivais estrangeiros como o México Internacional Film Festival e top 10 no Bluecat Screenplay Contest, um dos mais prestigiados concursos de roteiro dos Estados Unidos.

Como sugere o título e a capa do livro, a protagonista é nadadora. A presença do esporte na vida da jovem permeia a narrativa para além das piscinas: a atividade é como um grande espelho da subjetividade de Lola e dos desafios que precisa enfrentar durante a fase de transição da infância para a vida adulta. A notícia da morte do pai, por exemplo, recebida sem muita explicação por parte da mãe aos quase quatro anos, mudou para sempre a vida da personagem.

É na viagem de férias, longe da mãe e do irmão, que a relação de Lola com a vida, e com ela mesma, começa a se transformar. Em Salto Bonito, cidade imaginária que ganhou até um mapa no início do livro, a protagonista se expõe a novas amizades, a primeira paixão e ao despertar para a sexualidade, sempre com a problemática da perda precoce do pai como pano de fundo.

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Medley ou os dias que aprendi a voar marca, de Keka Reis (VR Editora – selo Plataforma21º, 232 págs.)