
TV
O Brasil e o mundo da música perderam hoje uma das maiores artistas da história do rock brasileiro: Rita Lee, aos 75 anos de idade. Em memória da icônica Rainha do Rock, o canal Curta! presta uma merecida homenagem ao exibir duas produções especiais: o documentário “Som, Sol & Surf – Saquarema” e o curta-metragem documental “Os Mutantes”. Por meio dessas obras cinematográficas, os fãs terão a oportunidade de relembrar a vida dessa artista única, cuja irreverência e talento conquistaram gerações e deixaram um legado indelével na música brasileira. No Curta!On – Clube de Documentários – que pode ser acessado na ClaroTV+ ou no site CurtaOn.com.br -, os conteúdos estão na pasta degustação. Novos assinantes do site têm sete dias grátis, basta se cadastrar.
Dirigido por Helio Pitanga, “Som, Sol & Surf – Saquarema” transporta o público para o ano de 1976, quando um grandioso show de rock, com o nome de “Som, Sol & Surf”, tomou conta da praia de Itaúna, em Saquarema. O evento também coincidiu com um campeonato de surf, atraindo uma multidão de jovens entusiasmados. Durante três dias, o público teve o privilégio de apreciar a música de vários artistas, incluindo a própria Rita Lee. O documentário retrata essa atmosfera vibrante e nostálgica, relembrando as apresentações marcantes de Rita, Raul Seixas e a estreia de Angela Ro Ro.
Já o curta-metragem “Os Mutantes” (foto do filme), dirigido por Antonio Carlos de Fontoura, captura um dia singular nas ruas de São Paulo. Através de uma brincadeira improvisada por Arnaldo Batista, Sérgio Dias e Rita Lee, o documentário captura a essência dessa lendária banda. É possível testemunhar a genialidade e a originalidade de Rita, que junto com seus companheiros, criaram uma sonoridade inovadora e revolucionária. A produção, de 1970, retrata a época em que Os Mutantes surgiu e mostra o impacto que tiveram na cena musical brasileira.
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Literatura
O presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, JAL, reuniu as homenagens e logo postou no Blog oficial do Troféu HQMIX uma mostra virtual com o título “RITA LEENDA! A ovelha negra entre as nuvens brancas”. São mais de 50 cartuns. Trata-se de uma exposição virtual que não tem data para terminar. Afinal os cartunistas se identificam com a própria Rita e seu humor corrosivo, que é muito comum também nos cartuns. “Rita continuará com suas músicas embalando desenhistas em seus trabalhos de traços feitos com lápis dançantes”, diz o comunicado da Associação.
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A luta feminina por igualdade é longa e já foi contata por diversos ângulos. Agora, a obra Amazonas, abolicionistas e ativistas relata esta história de maneira inovadora: em formato graphic novel. Lançamento da Editora Seoman e escrita pela ativista e crítica cultural negra Mikki Kendall, ela apresenta as principais figuras e acontecimentos que promoveram os direitos das mulheres ao longo do tempo.
Kendall, ao lado da ilustradora queer A. D´Amico, relata as proezas de mulheres notáveis ao longo da história – de rainhas e combatentes da liberdade a guerreiras e espiãs –, além de citar importantes passagens sobre os movimentos progressistas liderados por mulheres que moldaram a história, entre eles a abolição, o movimento sufragista, a entrada da mulher no mercado de trabalho, os direitos civis, o movimento LGBTQ+, os direitos reprodutivos e muito mais.
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Teatro
Em 2018, a atriz Tertulina Alves retornou à Macaúbas, município localizado no interior da Bahia onde passou parte de sua infância, para dialogar com mulheres que vivem na região e experimentam de diferentes formas as condições do sertão nordestino. Os relatos foram unidos à história da própria Tertulina e se transformaram na peça Sertão Sem Fim, que inicia uma circulação por vários teatros da cidade de São Paulo entre os meses de março e junho, depois de uma curta temporada em 2021, presencial e on-line. Vencedor duas vezes do Prêmio Zé Renato, o público poderá assistir a peça em maio nos Teatros Cadilda Becker (dias 12, 13 e 14) e Arthur Azevedo (dias 19, 20 e 21). A dramaturgia é de Rudinei Borges dos Santos e a direção é de Donizeti Mazonas.
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A peça “Os três sobreviventes de Hiroshima” fica em cartaz no Teatro Paulo Eiró, entre os dias 12 a 14 de maio e faz uma apresentação única na Fábrica de Cultura Brasilândia no dia 17 de maio, às 15h. Dois sobreviventes do ataque (Kunihiko Bonkohara, de 82 anos, e Junko Watanabe, de 80) estão em cena para dar os seus depoimentos. O espetáculo narra três histórias de superação de pessoas que estavam em Hiroshima, no Japão, no dia 6 de agosto de 1945, quando os Estados Unidos lançaram a bomba atômica na cidade.
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Artes
A partir do dia 13 de maio, sábado, 14h, no Projeto Vênus, está aberta para visitação a exposição Ás, a quinta mostra individual da artista plástica Camile Sproesser (1985, São Paulo) que reúne dez pinturas a óleo criadas em 2023. A curadora e pesquisadora Marília Loureiro assina o texto da mostra. Na atual exposição, a artista mostra arcanos do Tarô construídos sob um manancial de força, assentado num plano profundamente feminino e espiritual, que não se encerra em uma forma, mas aceita correr o risco do desconhecido para ir um pouco além.