* Por Paulo Ribeiro *

A Dula ia e vinha da Clínica Paulo Guedes onde lhe davam injeçãozão. Não se sabia como ela fazia, porque a Dula não podia viajar. Com aquela fraqueza mental dela, vivia em Frei Getúlio e não havia quem não conhecesse ali. Mas na Clínica se deitava com os olhos cerrados e se deitava na Clínica e não ficava incomodando ninguém. Decerto a injeção. A Dula ficava bem tranquila e com quem vai erguê-la ela não é capaz de xingar. Sabe, ela se arrastou descalça ontem à noite pra chegar no banheiro. Não queria incomodar.

Agora, depois do banho, ela está assim, olhando pra Frei Getúlio. A força da injeção o que não faz!? Olhando bem, a Dula parece uma boneca de pano jogada, mas é boneca de pano de camisola de seda branca à altura das coxas. A Dula com a fraqueza mental dela, como se diz, atinge as coisas de longe. Compreende tudo. Sabe como é um amar, ela que tem uns olhos de chuva, sabe ser acolhida com carinho no seio de uma família. Ela sabe, sim. Sabe quando a maltratam.

A Maria Dolores, que é a Dula, fica arrasada em ser tratada assim. Ela gostaria de dançar e se divertir ali na Clínica como faz no Frei. E a Dula tem muitos outros prejuízos na vida além de sair de Frei Getúlio então. Não se deixa ser evangelizada por pastor nenhum e nem fica, por isso, com remorso. É afilhada da Siá Luiza benzedeira e não vai trocar. Tem é saudade é de se embebedar, isso sim. Um porre daqueles com vinho de garrafão. A Dula nem se compara. Decerto acham ela “enervada”, decerto o mau uso do remédio, mas nem assim quer saber de interdição. Não aceita “interdição”. Que as suas primas vão à puta, que ela lembra a sua infância inteira, de uns milhões de pinheiros, de campo com touro e vaca e da espuma de um bom camargo antes do amanhecer. Maria Dolores lembra de uma reza de São Boaventura antes do amanhecer e gosta ainda de roscas de polvilho e do Farol de Laguna. Ela não está louca, não.

Por isso que a Dula foi internada de novo só um mês. Quando voltou, dava Bom Dia pra todo mundo e foi uma semana dando Bom Dia assim. E foi uma tristeza quando a Dula começou a massagear as mãos no umbigo, abaixo do umbigo, mais abaixo do umbigo e dizia que era igual a Brigitte Bardot. Mas Seu Odilinho já estava com o jato fraco, mijava quase nos pés, com muito baixa ejaculação. Pegava uma nota de dez e dava pra Dula. E a Dula saía a caminhar.

A primeira estrela desta noite foi a Dula quem viu. E foi! Costumava ficar olhando pro céu até a primeira estrela aparecer. Depois largava o céu de mão pra começar: os dois gêmeos eram dois Sansão e que passavam cachaça nos braços. Eles dominavam até fantasmas se fosse precisar. É que as ruas Frei Getúlio à noite se desenhavam como um medo. Que era Dula de saco de estopa por cima da cabeça e uma espada de pau. E uma multidão de meninos surgia na esquina para o duelo, para as escaramuças e negaças que poderiam ferir.

Por isso, chamavam o Abilinho, juiz de menores, para a ronda geral.
As ruas de Frei Getúlio se desenhavam como um antigo medo, mas não é daquele medo dos meninos em fuga da Dula que eu falo. Porque eu só posso falar um pouco porque era uma dúvida. Se a Dula era epilética ou era coisa de pinel.

Coitadinha, eu nem deveria falar em medo naquela pessoa que acostumei a gostar por causa da minha avó com sua bíblia contra o peito depois da sua assembleia com Deus e dizia “Paz do Senhor, Maria Dolores”.

Paz do Senhor dá um medo diferente em qualquer um. Talvez medo bom, porque é o que a Dula gostava: do temor de sair caminhar à noite pelas velhas ruas de Frei Getúlio parecendo que sem dormir. Todas as noites, de fato, não parecia ser noite só de vez em quando, entendem?! Eram as ruas mais dela do que qualquer um.

Dula fantasma, Dula com suas memórias. Talvez bebesse por aquilo que ainda desejasse fazer. Não pegava a primeira estrela do céu então? Não pegava? E por que ela deixava este céu estrelado e de inexplicável clarão?

Dula andava nas ruas do Frei à noite e somava e acrescentava juros um sírio-libanes. Um sírio que ia sempre esperar o ônibus na rodoviária e quando o ônibus chegava ele se benzia duas vezes. Ia toda a noite fazer isso, uma espécie de preocupação com quem ele nem sabia que ia chegar.

Era igual o Seu Dino Pinto que tinha uma mania muito particular: chamava a rua do hospital da Rua das Dores e dizia que da casa de um velho médico funcionou o primeiro hospital. Seu Dino Pinto falava de uma perna quebrada, uma cama feito padiola, essas coisas de acidente que o sírio devia temer com o ônibus.

Maca de futura mãe. Foi numa maca que deitaram a Dula na Paulo Guedes para um injeçãozão. Até parece que ia dar à luz à noite e foi num potreiro deste homem, dizia o Seu Dino, que virou um hospital. Teodósio, Tersila, Northon. Nasceram ali.

Frei Getúlio aproveitou bem o hospital no tempo ainda de muito pinhal. E diziam que era uma experiência bem nítida passar a nascer por causa natural em casa ou nascer no hospital. Que em casa é de beijar santinho no peito, ajeitando uma incerta janela pro vento não pegar o recém nascidinho em pleno pulmão.

Que a Dula decerto nasceu por causa do jeito dela andar. Andar andando olhando pra cima e olhando o velho céu a escurecer. Não havia sereno, não havia frio quando ela escolhesse pra caminhar. Às vezes, num dobrar de esquina, diziam que ela tinha algo pra esconder. Era alguma coisa que a Dula ganhou e ela tinha medo instintivamente que fossem lhe tomar.

Ainda mora o fulano aqui? O Arcílio. O que fizeram daquele bar? Uma espada de pau a Dula dizia que era pra enfrentar uma multidão de meninos e ela caminha então pelas ruas do Frei sem saber que, numa outra parte da cidade, uma moça caminha só. É uma moça que perdeu o seu amor, é uma moça que o seu amor não soube compreender.

A Dula era destas dos incompreendidos e das ausências prematuras. Que a mãe dela morreu cedo e o pai da Dula nunca chegou a voltar.

Na Clínica Paulo Guedes não tem estes sentimentalismos, eles se preocupam mais se a pessoa não esqueceu. Esqueceu o documento de identidade, a cartelinha de controle da loucura anterior. Se a Dula levasse um mapa pra pinel, sei lá, um mapa, seria um trechinho de Londres.

Não. Seria um desenho com as peras das irmãs franciscanas ainda estão ao alcance da Dula na escuridão. Diziam que a Dula roubava pera das irmãs. As uvas e o cachorro brabo das irmãs por trás daquele muro ainda não conseguiam impedir.

Memórias em cada sapato do Seu Chimbo Sapateiro. A Dula falava que o seu sapato era um pouco torto de tanto andar. Seu Chimbo ria, era amigo do Rozeno e de tantos outros que a Dula trazia na palma da mão. Podia dar o maior ventão que ela não esquecia o nome de ninguém. Ó! Tavam presos nela.

A Dula é aquela com estopa vestida na rua escura. Vai, vai, vai escura até no fundão.

Antes, balançou uma antiga placa do Dorval Vianna. Chacoalhou com o vento ainda no tempo em que a Lojinha Vianna rivalizava com o Ismael. Ficava pairando sobre os dois comércios o Danda. Seu Danda que só usava pala e queria lá saber… Sereno é pra quem bate pernas. Anda na Rua Inácio Dutra, dispensa espera de ônibus, ande a pé sem se benzer.

As ruas do Frei Getúlio à noite! Há ruas que parecem como cópia de uma gravidez.
Caminhar bem rente à paroquial e haverá sempre um pingo da calha a cair.
Noturno encontro com os dois cavalos na fachada. Vejam como é bem variado, há um corrediço portão. Até aquário! Pra valer. Esquina da Rua Arthur Ferreira.

Esquinas imortais. Esquina pra pensar um filho. Ruas que homenageiam a Pátria, vielas de lágrimas comuns.

Quantos amores! Quantas tristezas, ruas do Frei!

Por esta consolação de cidade boa que a Dula gostava de caminhar. Decerto que cheirava um perfume de mais de 100 anos que ainda perfuma. Afetos de 100 anos que ainda afetam. Lavouras de 100 anos que ainda lhes dão o pão.

Pão e cachaça. Diziam que os gêmeos passavam cachaça nos braços antes de dormir. E a Dula dizia, “Eu não sou de pedir”. E nada do que ela ganhava era por dó. Todo mundo ajudava ela e a Dula ganhou uma calça de jeans. Uma pantalona. Não tirava mais. Andava com a barra molhada e com a barra molhada andava assim. Igual ao gêmeo do Lura. Que o Seu Lura tinha dois gêmeos e não sabia distinguir. Juvenal e Juvenil. O Seu Lura então mandava que o Juvenal se banhasse de roupa no rio. E o Roupa Molhada começou assim. Mas não foi muito sério por causa do frio. E o Seu Lura gerenciou com a mulher dele que bordasse no bolsinho das camisas o nome dos dois. Aí não se atrapalhava mais e isso foi assim até virarem uns marmanjões. Cada braço dava dois. Cofre, piano, bigorna, carregavam num fretes e carretos de forma fácil de considerar. Cada braço dava dois e carregavam tonel. Eram 50 os litros de leite que o Seu Gote entregava de galhota bem cedo da manhã. “Sobrou um leite. Leve pras crianças”. E a Dula ficava com a obrigação de o litro devolver. Muito prejuízo a Dula deu pro Seu Gote só em litros que ela vendia depois e jogava até no bicho.

A Dula nem precisa dormir. A Dula nem precisa de remédio. A Dula gosta de amanhecer. Bem que nem ela era prima-irmã do Cadega que era frentista da Esso aqui. O Cadega dizia que o Rockefeller era o seu patrão e não gente de Frei Getúlio. Usava um óculos de sol e por essa do Rockefeller fazia jogo do bicho dentro da lei. Ele tinha uma política de boa vizinhança e se dava com o Vassoura que trazia vassoura do campo e não cobrava de ninguém. Havia sempre uma bicicleta preta na frente do Homero Finger. Bicicleta com decalco, coisa mais linda de se ver. O Homero Finger era da Livraria Brizola. O Brizola, que era o Seu Homero, era baterista. O fulano era isto e aquilo por suposição: rock, se fosse baile de rock. Música bem gaúcha também chamavam ele pra lá.

A Dula dizia que não era gaúcha e que ela era hippie e botava um pedacinho de vassoura do Vassoura que vinha com umas florzinhas em cima dos cabelos.  Ficava a coisa mais linda também. Sério. Coisa de desenhar.

Podia dar um ventão. A Dula trazia cada um com o nome aqui: ah, o Jerivá! A Cacilda. Há o Juvenal Rosa, o Varanda, o João Bola e a Rita, há, meu Deus!, o Horácio. O Algacir e o Cacildo.

A Sebastiana, a Benta, a Infalivina e o Altino Bonito eram gente humilde que nem a Maria Dolores.

Que a Dula dizia “tinta de tintá” e o Estropiado, o Seu Alberto do Cinema, o Lambreta e o Joãozinho do Seu Nei começavam a rir.

Riam ainda mais dela com carinho quando ele dizia”ta doento o dente”.

Que fim levou a Rola? Onde andará o Dezesseis? O Cadega com o seu talão de jogo do bicho dentro da lei. Até no tempo do Jânio Quadros ele continuou. O Brunê, o Valêncio, a dupla Jada e Gaspar. Que o Bagorra uma vez ganhou dos dois contra ele no bilhar. Vieram de dupla e o sangue do Cristino soube lhes encaçapar.

Um talento nato, como a Matilde vinha a nascer. A Matilde com sua gaita. Era a coisa mais bonita a Dula apontando a primeira estrela da noite e a Matilde naquela gaita a tocar. O João Bolinha “inticando” com quem passasse; inticando, em outras palavras, era a forma de namorar.

O amor do amor entre o Seu Antônio Sádio e Tia Cila. A Tia Cila presenteava maçã pra Dula só por amor. Matilde toque essa gaita que a Dula não é de roubar pera das irmãs.

O Seu Velocino presenteando carne em cada Natal.

O Bar do Horácio vendia cachaça. Pra Dula e pros braços do Juvenal e Juvenil. O Tio Vacariano e a Dona Tila também eram amor do amor.

A Selina. O João Pitoco. O Ratinho Valêncio no futebol. Falecido prematuro, o melhor jogador que Frei Getúlio viu.

Serafim; Jarcedi, Celito e Bastio. O Esporte Clube Esmeralda jogava só com três zagueiros então. O Serafim era o goleiro e isso até a Dula sabia entender. Entendia o Romano Boff tocando um flautim, do Tercivaldo dando milho aos pombos, dos Irmãos Sansão e do Seu Dorivalzão.

Eram os mais fortes de Frei Getúlio, as pernas deles nem cabiam na lambreta que agora era a moda ali.

Lambreta teve um tempo. Pantalona um tempo depois. A Dula pegou estes dois tempos e quem pegou quase um século pelas ruas, com seu passo trôpego, era o Seu José Padeiro: jogador de jogo em carreiras, armava uma espécie de cassino em carreira que fosse acompanhar.

O Seu José Padeiro só não era da Associação de Cassinos ou Associação de Sete Baiano porque não havia associação. O Seu Favorino é que dizia que o Serafim só não era da Seleção Brasileira porque nasceu em Frei Getúlio. O Seu Favorino dizia pra Dula, “Pegue isso aqui”. Era uma nota de cruzeiro só.

Quantos cruzeiros em milhões de terra. Os Heiurque tinham terra com pinheiros e cabia ao Seu Abdon Bulahud fazer os processos de herança andar. “Homem da lei e de Deus”.

Que o Seu Abdon trabalhava no fórum e morava com os freis. Freis que sempre foram gente boa por causa do nosso do Frei Getúlio. Uma cidade inteirinha chamada de Frei Getulio. Os freis gostavam tanto da homenagem que até compraram um jipão. Pra visitar fazenda mais longe, pra dar a extrema unção pra quem era de morar em beira do rio ou faxinal.

Siá Luiza com as suas benzeduras. A Dona Palmira também. Dona Bilia tocando o sino da igrejinha e essa Dula sempre a lhe acompanhar. Que a Dula tinha uma mania de ser sombra às vezes, até de caminhão que puxava lenha a Dula saía bem do lado a andar. Jesus, e era o Seu “Julião”!! Seu caminhão puxava lenha e o Seu Julião era outro que não cabia em lambreta e a Dula a provocar. “Se me caí um pau de lenha na cabeça dessa louquinha, eu é que vou depois me incomodar”. O Seu Julião dizia pro Inspetor José Ivan.

O Acobar também era da polícia civil e usava pulseiras nos punhos. Investigavam como se fosse hoje a morte do Seu Heiurque, pois foi só no que se falou. No incêndio da casa da Dona Rute. Que a Dula vendo o fogo consumindo tudo era aquela que dizia “a tinta de tintá”.

Que é a tinta que faz a labareda. O maior incêndio que houve no Frei foi de uma marcenaria de um fala com sotaque, veja se não é cada um: Dona Mariinha do Pessegueiro, a Carmosina e a Lôra. Veja se não é cada um. Ou uma no modo de dizer.

Seu Palmiro, avô do Florizeu, um. Dona Tercila, avó do Florizeu, uma.

A Dula podia dar um ventão que ela sabia quem é que nasceu. Quem era a neta daqueles e daquelas então.

Salve, Dagmar!!!

Tinha nome mais bonito que o daquela criança em Frei Getúlio?? Frei Getúlio acostumado com as Donas Bilia, nem Nossa Senhora de Fátima era mais bonito que a Dagmar.

Maria Dolores eu sinto saudade, a Dona Bilia dizia quando a sombra se sumia por um ou dois meses. Era quando era internação. E a Dula uma vez disse que “A Saudade”, da própria autoria do Seu Bite era o que ela mais gostava de cantar.

A Dula ia no Baile do Doca quando ainda deixavam ela entrar. A Dula comia pastel sem nunca pedir. Tinham dó. O Seu Gote lhe oferecia uns litros de leite e depois nem tinha de pagar.

A Dula conhecia todo mundo, os inteligentes, os educados, sabia que a doceira não gostava de bola de futebol fosse bater no seu jardim. O Moura era o soldado mais popular. E como a Dula comia pastel, a Teresa Poli fazia o melhor pastel da cidade só pra ela saber.

Que a Teresa Poli trabalhou em lancheria do Marconi e na lancheria do Adão, que não era o Bar do Horácio. E a Teresa Poli depois do pastel também vendia Avon.

Um perfume pra Esina. A Esina do Romualdinho que ocupava a casa da cidade só em tempo de festas. Era um fazendeirão. Ele e a D. Elisa, que diziam que foi na casa da D. Elisa que na Revolução de 30 dormiu o Assis Chateaubriand.

O Assis Chateaubriand em Frei Getúlio. A Candoca nem se sabe como findou.
A Candoca era irmã da Isolina, parentas próxima da Maria Dolores.

Portachinsky, polaco, ferreiro. Jalila Amara sobrinha do mesmo.

A Dula tinha medo do Cabo Louco e a Dula teria tido um filho com o Acácio Ly. Se era perguntado por isso, Seu Acácio preferia papear sobre a Bahia, filosofia e muito mais do que leu.

A Dula gostava era do Bastião Pinto e pra esse Acácio não passou de uma caseira no tempo de verão. Caseirou também pra Tertuliana, cinco ou seis mais. Com seu sorriso tímido, a Dula agora anda com um saco de estopa e com a outra mão um pedaço de pau.

Não dá pra esquecer está coisa de dia mais triste. Já vai passar um funeral e a Dula pra isso não é uma coisa inválida. Acompanha todos os mortos, do mais forte negociante até da Carolina, filha do Demétrio com a Laurinda, que eram bem pobres então.

Trocando de assunto, a do sapato torto e pantalona era que nem a Brisula, que era outra Dula de Frei Getúlio.

Tinha duas em Frei Getúlio que o Schaidt pedreiro ficava a admirar. De roupa de inverno no verão e a Rafaela e as suas “meninas” se admiraram disso. A Rafaela e as suas meninas eram do meretrício e que salvaram o turco Ismail. Também um acidente, numa descida sem freio, quase fatal.

Os soldados, antes, eram Saul e Miche. Frei Getúlio foi até visitado pelo governador Ildo Meneghetti.

A Maria Dolores moça, bem mais moça, colegial, daí pro governador foi Maria Dolores. Ninguém chamou ela de Dula na frente do governador. O que é um governador!!

Bem legal.

A Dula uma vez foi pra Paulo Guedes, desta vez pra ficar. Depois abriram uma Casa de Tintas & Ferragens que começou muito próspera em todo o Frei. E A Dula tinha nove filhos, no modo de se dizer.  Getulienses.

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Paulo Ribeiro é escritor e lançará em breve a coletânea de contos Bagorra, da qual faz parte este texto, pela Kotter Editorial, de Curitiba

 

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