Q uem são as nossas escritoras além de Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Cecília Meirelles e Raquel de Queiroz e poucas outras? O projeto O Mundo não está à tona surgiu dessa questão, pensando que é urgente o resgate da contribuição das escritoras brasileiras como também de suas vozes e de suas histórias.

Desde o século XIX as mulheres brasileiras têm escrito e publicado, participado ativamente da vida cultural do país, no entanto, poucas escritoras foram reconhecidas pelo seu trabalho, e, as que foram em suas épocas, sofreram o selo do apagamento com o tempo.

Desenvolvido e realizado pelas escritoras Claudia Lage (foto) e Helena Machado, O mundo não está à tona propõe um elo entre as escritoras contemporâneas e as escritoras do passado, especialmente do século XX ao XIX. Inicialmente o projeto tem o formato audiovisual, com episódios curtos, no qual uma escritora homenageada é lida e comentada por uma escritora, pesquisadora, crítica, professora ou jornalista contemporânea. Essas também refletem sobre perguntas como: quando você começou a ler mais mulheres e como seria seu olhar para o mundo se as tivesse lido antes?

A série está no sexto episódio, com Nara Vidal falando sobre Ruth Guimarães. Já foi ao ar Stephanie Borges falando sobre Stella do Patrocínio, Renata Belmonte falando sobre Helena Parente Cunha, Adriane Garcia falando sobre Liria Porto, Cidinha da Silva falando sobre Ana Cristina Cesar e Morgana Kretzmann falando também sobre Ana Cristina Cesar.

Os episódios completos estão Youtube no Canal Espaço Desenredo. É possível acompanhar novidades no perfil @desenredo.narrativas no Instagram e no Facebook. O projeto é uma criação do Espaço Desenredo Narrativas – projetos literários e audiovisuais coordenado por Claudia Lage.

“O mundo não está à tona” é uma frase da Clarice Lispector. É a própria Clarice que nos diz que não é aconselhável ficar na superfície, para encontrar o mundo precisamos ir mais fundo, escavar, trazer à tona.

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