O primeiro livro de poemas de Leonardo Almeida Filho reúne versos escritos nos últimos 30 anos. Os poemas investem na construção de formas tradicionais da lírica de língua portuguesa, indo do soneto à sextina, passeando em todas as métricas, das redondilhas ao verso livre, e temas, do amor e da morte, do envelhecer e do revoltar-se diante da realidade do país e do mundo.
Babelical, o título, remete ao mito bíblico de Babel e quer apontar a incompreensão e insensibilidade vividas pelo homem contemporâneo, afirmando, no poema homônimo, que o silêncio é a língua universal, o berro de todas as línguas.
Sobre o autor e sua obra, em Babelical, declarou o poeta Armando Freitas Filho: “Sua poesia se espraia, consistente, coesa, com marca autoral segura. Os poemas mantêm a linha e nenhum deles desaponta. O rigor não é aquele, que teme o erro e por isso á avaro, de superfície; o rigor que se lê e se sente aqui é decididamente destemido e visceral.” Já o escritor Ronaldo Cagiano diz sobre a obra: “O acento crítico, os questionamentos filosóficos e a inquietação metafísica são êmulos que conduzem o bisturi desse autor humanamente visceral, que vai fundo brigar nas trevas e dissecar o cadáver adiado que somos.”
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Babelical (Editora Patuá, 116 págs.), de Leonardo Almeida Filho
