A correspondência entre Alceu Amoroso Lima e Mário de Andrade começou em 1925 e durou até dezembro de 1944, dois meses antes da morte de Mário. Uma troca epistolar apaixonada pelo debate, marcada pela divergência de ideias aliada a um profundo respeito por ambos os correspondentes. São cartas pensadas e densas, verdadeiros laboratórios de criação, de pensamento e estilística, cujo principal assunto é a problemática de natureza religiosa e existencial – o “problema de Deus” e o “problema da Igreja” -, mas também a crítica literária, as amizades, a vida literária em nosso modernismo, os lançamentos e as desavenças entre pessoas e grupos, as divergências entre os diferentes projetos de modernidade literária para o Brasil. Reunidas no livro Correspondência – Mário de Andrade & Alceu Amoroso Lima (Edusp), por Leandro Garcia, as cartas são uma demonstração clara de que os extremos se tocam e podem se respeitar, de que é possível fazer a harmonia dos contrários através da tolerância mútua.

Leia uma carta de um para o outro:

(de MA para AAL)

São Paulo, 17-VI-43

Meu caro Tristão,

Tenho uma carta sua, de março, e se não lhe res­pondi até agora, foi na indecisão mais desagradável que é possível imaginar. Tenho estado bem doente e doença que proíbe trabalho intelectual excessivo. Porém sua carta é importante demais pra mim, pra que eu não passasse por cima de doenças, prescrições médicas e tudo, se não hesitasse em decidir se devia lhe responder ou não.

Mas a carta está aqui, ficou aqui, minhas mãos tro­peçam nela a cada instante que me sento nesta secre­tária. Agora vou partir pra umas férias justas. Estou me pondo em dia com a minha vida. Então resolvi lhe responder, não responder seria injusto pra com nossa amizade velha e a admiração que tenho por você.

Tem um motivo principal esta resposta, aliás. É me penitenciar duma frase que perdeu a sentido! Me faltou a tempo uma criada leitora que me chamasse a atenção pro caso. É quando afirmei que V., seguindo a tradição da crítica nacional, sofria de incompreensão de poesia. Esta afirmativaeraverdadeira no tempo em que saiu o artigo, mas agora, doze anos passados, não tem mais a mesma verdade. Naquele tempo você estudava os poetas e não eu, mas todos nós, os discutidos e negados, que V. sustentava, sorríamos um pouco e com que cordialidade, dos seus estudos sobre nós. Você nos compreendia admi­ravelmente sob o ponto-de-vista intelectual, nos situava com bastante firmeza como psicologia, mas escapava sin­gularmente e sistematicamente a V., não só o elemento construtivo, a técnica da poesia, como ainda aquilo que se chamará, meu Deus! mais, intimamente “poesia”. Esta era uma “verdade” crítica, não só minha, mas aceita, sem a menor animosidade, por nós todos, gente que estimava V. e era amiga de você. Doze anos passaram. O que ficou foi que V. descobriu, defendeu, valorizou, deu sua força, a quem? aos poetas verdadeiros, ao Manuel, ao Drummond, ao Schmidt, e um bocado a mim também, o mais difícil de aceitar por mais, estraçalhado e menos puro. Puro como liberdade de poesia, digo aqui. Isto é que ficou e a sua viva compreensão dos que naquele mo­mento eram os herdeiros legítimos da poesia. Há doze anos passados eu nem careci desenvolver a minha afir­mativa, todos a compreendiam e compreenderam. Hoje, um deslise de autocrítica me faz dormir naquela verdade antiga (“minha” verdade) que deixou de ter sentido geral e ficou injusta. Aliás, creio que já me peni­tenciei disso numa dedicatória que imagino fez algum barulho, pois até vieram me pedir licença pra publicá-la. Recusei. Minha maneira de me corrigir dos meus erros reconhecíveis, é mais radical. Lhe peço perdão pessoal­mente e numa segunda edição do livro, e já no meu exemplar “de trabalho”, me corrijo.

Quanto ao resto da sua carta, meu caro Tristão, talvez V. nem se recorde mais, do que discutiu nela, não posso de forma nenhuma aceitar sua maneira de pensar e de agir. É certo que, certo não, mas é quase certo que eu nunca cheguei ao Comunismo, por medo de mim. Foi bom. Teria me inutilizado num qualquer tiro de esquina, e não estou convencido que a minha experiência seja inútil aos outros. E nesta afirmativa aparentemente vaidosa, vai toda a minha humildade, por­que é muito difícil a gente ultrapassar a discrição de não falar bem de si mesmo. E deixe que eu lhe diga: eu não posso compreender certas humilhações que você pra­tica, afirmando a sua fraqueza, a precariedade da sua cultura e coisas assim, como V. faz nesta sua carta. Meu Deus! todos nós estamos monotonizados de saber que o que sabemos é insuficiente, que a nossa fragilidade é um fato – e essas afirmativas com que você me con­funde com os … os outros fracos e bestas, você não teme que elas se confundam com a humildade falsa? Se eu me confessasse inculto (pois que realmente o sou) a você ou em público, eu fazia uma confissão farisaica. Estas coisas ficam pra mim com “meu” Deus.

Mas eu estava dizendo que se nunca atingi o Comunismo decerto foi por medo de mim. Eu queria continuar dizendo que se não atingi o Catolicismo decerto foi por medo de mim, também. Eu não compreendo, eu não atino, eu não aceito, meu caro Tristão, uma afir­mativa como esta de sua carta, de V. ter tomado a re­solução de não discutir em público. E também com essa outra de se recusar absolutamente o distintivo de “sec­tário”, preferindo o “apostolado”. Eu não compreendo isso dentro de uma religião e uma verdade tão instante se drásticas como o Catolicismo. Por isso é que eu digo ter medo de mim. Se eu fosse católico, eu estava nas mesmas condições do tiro de esquina. Eu era sectário, eu não compreendia o meu adversário senão convertido aos pés do Deus ou destruído por mim a meus pés. E não será mesmo desse manso apostolado aos já fiéis que o Catolicismo se morre, gelatinoso, acomodatício e cheio de afirmativas inócuas e mais inócuas profissões de fé?

Você acha que se errou em crítica, no que eu cha­mei de crítica sectária católica, o defeito não lhe veio do Catolicismo, porém da sua crítica pessoal. E faz aliás, no momento, uma antítese que eu recuso, me opondo a mim como “livre” a você como católico. Onde nunca eu me disse “livre”? Minha crítica jamais foi livre, jamais pretendi praticar a Justiça, embora eu pretenda atin­gir outra que imagino mais útil, mais necessária liber­dade de pensar. Minha crítica sempre foi “artística” e não sei a que seja arte “livre”, obra de arte “livre”. Inda mais: minha crítica, se alguma vez tem sido funcional, e sei pelas repercussões, pelos inimigos que conquistei, que tenho atingido quase sempre o meu fito, minha crí­tica se alguma vez tem sido funcional, é porque botando de parte Justiça, olhos vendados, e a Voz da História: tem sido, foi pragmática, apaixonada, sectária, cheia do sofrimento de viver “meu” dia.

Eu olho com certa tristeza despeitada, irritada mesmo, um livro como este que V. me mandou sobre os mitos da atualidade. Eu não gostei deste seu livro, Tristão. Eu li ele com vontade de gostar, com esperança. Mas é um livro afirmativo, um livro para os que já tém fé e não carecem dele. Apostolado? Eu não posso discutir agora o seu livro, Tristão, me desculpe. Mas você não discute em público! Seu livro não é pros que estão do outro lado! Seu livro não é pra mim! E quando, depois de expor os mitos, V. me vem com aquele capítulo preli­minar, dizendo que preliminarmente é preciso acreditar em Deus, sinão tudo o que V. vai dizer não pode ser aceito (não lembro bem como você diz, li o livro em abril), eu fico desesperado, com vontade de não acreditar em Deus. E é trágico, Tristão. É trágico menos por mim que Deus zurze incessantemente e maltrata com suas graças, e eu imagino que escolheu para que morra nele: é trágico mas para os sem-deus mas espíritos nobres, boa gentinha moça universitária, cheia da sensualidade de viver (sem Deus nem chateações), mas cheia da digni­dade também, dignidade que lhe dá uma vaga derradeira esperança… E vejo esses moços se atirarem sobre o seu livro querendo sem simpatia, saber, querendo ver, capaz de ver, pronta pra ver, principiar o seu livro gostando, vai gostando… No outro dia, é esta moça que sorri, não fala mais no seu livro. No dia seguinte é este moço que me chega abespinhado, o mais próximo do Catoli­cismo, tornado o mais longínquo, porque você termi­nou seu livro, afinal das contas conferindo que este mundo é um vale de lágrimas e o prêmio está no outro mundo do paraíso!… Bolas! meu caro Tristão ! bolas! … Não sei se isto agora é o apostolado de Paulo, se ele es­tivesse no mundo atualmente e nos escrevesse a “Epís­tola para os Para-católicos”.

Você botará tudo na conta da sua fraqueza pessoal. Eu prefiro botar a culpa na força que você não quer ter. Fiz jogo de palavras, desculpe, mas não será mesmo que nunca o dia exigiu tanto “sectarismo” intransigente, tanta discussão em público em vez de afirmação entre amigos, tanta crítica presa, tanto relho zinindo no cos­tado infiel? Em vez você é todo mansuetude (e todo cegueira como no pavor, desculpe, do Comunismo, e de­cidida simpatia pelo esverdinhado Deus-Pátria-Família com que certos falsos enlambusam o paladar alheio) todo mansuetude, todo afirmativas, todo conformismo pietis­ta. Desculpe, se puder, tanta incompreensão, mas estou com raiva. É toda uma esperança despeitada que você desilude, é toda uma vontade de acertar que você des­concerta.

Mas não sou eu que tenho importância, no caso, há coisas, há vida, há um amilhoramento da sociedade humana, há todo um futuro neste mundo que, não você por fraco, mas o Catolicismo por tibieza estão descuidando. Em proveito, do outro mundo? É neste mundo que nós temos que forçar a ação da graça. E esta se força por mil maneiras – até por essa interpretação miraculosa do relativismo católico que inseriu nos seus batismos, o de desejo também. Sim: o Catolicismo é muita maior que você e vocês todos católicos. Mas o Catolicismo tem esse, pelo menos, perigo de ser além de uma Ideia, uma religião. Vocês têm de pôr a Ideia em ação. E é dentro desta Ideia em ação que, com todos os padres que cercam você, bem ou mal intencionados, úteis ou nefas­tos; com todos os fiéis que admiram você e aceitam pre­liminarmente as suas pregações; com todos os moços sa­fados de carne que se torturam no espírito e a que V. dará suavização e o sabor católico de uma rápida paz; com todas as boas ações, atos de caridade ocultos, es­molas escondidas que V. possa fazer: é dentro dessa Ideia em ação que eu não aceito você. Que você me irrita. Que você me afasta porque não quer me atingir. Você e a “religião”, a coletividade terrestre que guarda a Ideia católica.

A civilização vai mudar, Tristão. A Civilização Cristã chamada, e que não sei se algumas vezes V. não confunde um bocado com Cristo, está se acabando e vai ser um capítulo da História. Tão lindo como o dessas igualmente nobilíssimas civilizações da Antiguidade, o Egito, a China, a Grécia. Com a Cristã nós demos um passo a mais, apenas um passo a mais do amilhoramento terrestre do homem e da sociedade humana. Se nem tudo foi pra melhor, o todo foi incontestavelmente pra me­lhor. E a civilização que vem ainda há-de ser fatal­mente um passo a mais, e um todo melhor. Tudo isto nada tem que ver com o outro mundo. Nem eu sei nem quero a morte da Igreja imortal e o desaparecimento da religião nem a sempre por demais próxima chegada do Anticristo. Mas não haverá o perigo pra muitos e pra você, de preferir a Igreja a Deus? Eu não ignoro não os perigos dos meus argumentos para o meu para-catolicismo em que me debato. Serão argumentos do Diabo. Ou serão argumentos do orgulho. Mas eu quero bater a uma porta mas essa porta não pode se abrir porque os que estão lá dentro não podem interromper o Te­ Deum. Então eu solto um grande grito pra Deus me escutar. E como eu quero que Ele me escute, Ele me escuta. Mas ainda não pude soltar o grande grito e me sinto sozinho. Porque os que deviam vir a mim porque eu não vou a eles, não vêm até mim. E eu não sei se há-de haver tempo para eu soltar o grande grito.

Sinceramente,

                           Mário de Andrade

(de AAL a MA)

Petrópolis – 24 – junho [1943]                                                  São João Batista

Sim, meu caro Mário, é sempre tempo de você soltar “o grande grito”.  A despeito da sua confessada “incompreensão”, a despeito das suas raivas pessoais, a despeito de tudo o que sua carta revela contra nós e contra mim, particularmente, estou mais junto de você do que você pensa.

Você não gostou do meu livro porque achou “pouco” sectário.  É a posição frequente de quem só sente a Verdade por fora.  Uma vez dentrodela, uma vez dado o grande passo, tudo aquilo que lhe parece capital – restou zunindo no lombo dos infiéis, sectarismos, polêmicas, brigas, descomposturas – tudo passa a ser exclusivamente relativo ao temperamento individual de cada um.  Você faz na sua carta o elogio implícito de Jackson de Figueiredo.  Tudo aquilo que você diz que católico ou que a Igreja deveser, é o que Jackson foi.  Ninguém o admirou e continua a admirar mais do que eu. Ninguém deve mais a alguém do que eu a ele.  Ninguém marcou mais profundamente a minha vida.  Ninguém, a meu ver, fez mais pelo Catolicismo do que ele.  Continuo e continuarei, até morrer, a proclamar a grandeza de Jackson.  Mas, Jackson não se imita.  Jackson não se repete.  Jackson se nasce.  Jackson foi alguma coisa de singular, como singular é um Bernanos ou foi um Léon Bloy.

Nada de mais ridículo do que querer ser o que não se é. Já o meu temperamento é outro que não o do Jackson, nada de mais ridículo do que querer eu, por ser o sucessor de Jackson no Centro Dom Vital, querer agora fingir atitude jacksoniana. Prefiro ser sinceramente o que sou, embora consciente de ser inferior a ele.

Quanto ao meu livro, não posso evidentemente forçar você a compreendê-lo.  Tanto mais quando você confessa que não faz questão de ser justo em crítica, e que está escrevendo com raiva.  Agora, o que é falso e mostra que você não leu bem o livro, é que eu digo que é preciso preliminarmente crer para aceitar as conclusões.  Bem mais justo foi o Plínio Barreto quando, em sua crítica, afirmou que tudo aquilo que eu ali digo pode ser aceito por quem não tem fé.

É o oposto do que você diz.  E como ele tem a preocupação (às vezes exagerada) de ser fiel a oautor, acredito que ele e não você que tem razão. Se algum dos seus jovens amigos lhe deu essa impressão é que também, como você, é um sectário.  Ora, com sectários não é possível discutir, nem em particular.  Se você se encastela nas suas afirmativas dogmáticas e não quer ouvir razões, para quê discutir?  Você é enraivecido.  Fica brabo comigo porque eu não sou bastante brabo.  Depois, fica também danado porque o meu livro é “afirmativo” demais.  Em que é que ficamos?  Você se contradiz a cada passo.  Aliás, como toda alma “com raiva”.  Você diz que o Cristianismo “morreu”.  Uma forma de Cristianismo sim.  Mas não o Cristianismo.  Na civilização de amanhã, que será socialista como a de ontem foi liberal, o lugar da Igreja e do Cristianismo será o mesmo.  Não mais como na Idade Média, mas numa posição tão inabalável, no fundo, como então.  Eu mais que você tenho raiva dos que vivem “cantando Te Deum”.  Meu livro se dirige aos que creem, como aos que não creem. Vivo falando, escrevendo, trocando causos, discutindo em público ou não (pois a minha afirmativa de que não discuto em público é apenas para dizer que considero inúteis as polêmicas e acho que chegamos hoje a um momento em que construir vale mais do que destruir) – vivo fazendo tudo isso porque vivo ansiando pelas almas, vivo angustiado com os que não veem como eu cheguei a ver, vivo procurando tocar o coração dos infiéis, mais do que o seu lombo. Neste ponto você tem razão.  Eu poderia chegar agora, com raiva de sua carta e deixar você “gostando”, como diz o vulgo, ou sair em público e dizer que você é um incorrigível pedante ou um anacoreta que se ignora ou um falho comunista ou um intelectual disfarçado a contar com a força para os seus adversários – enfim, poderia sair “zunindo” como você diz.  É possível que certas almas fracas gostassem de mim e viessem para a Igreja por causa disso.  São como certas mulheres que gostam de pancada.  Mas eu prefiro não proceder assim.  Minha natureza não me aconselha a fazê-lo.  Procurando mesmo olhar para Jesus Cristo, vejo que só duas vezes em toda a sua vida ele usou do chicote.

Também a Igreja e os membros dentro dela devem agir assim.  Eu, pelo menos, assim procedo e acho que morrerei assim.  Creio também que a Igreja não desaparecerá mais cedo por não ter mais a Inquisição funcionando, mesmo na mão do Estado.  Há quem sustente a autoridade da Inquisição para defender a Fé.

Mas a história das Missões nos ensina exatamente o oposto.

Ficou o espírito monástico e o espírito missionário que sempre constitui o fundamento da perene renovação da Igreja depois de todas as misérias.  A Inquisição foi sempre efêmera, e mais política que religiosa. Por isso a considero secundária.

Apesar do tom acre da sua carta e de você procurar “processar” meu livro (terá você lido essa carta a alguém antes de mandá-la? Digo isso porque um amigo de São Paulo me escreveu dizendo que você tinha feito um “judgment” do meu livro. Ou será que você publicou alguma crítica nesse sentido?) – vou mandar dar-lhe o meu novo livro “A Igreja e o Novo Mundo”. Se acaso tiver tempo de o folhear, você verá que o tipo de santo que admiro é menos São Domingos que Santo Tomás Morus. Não acha você que “na casa de meu Pai há muitas moradas”?

Numa coisa, para terminar – pois aqui no isolamento em que estou por uns dias não tenho mais papel – gostaria muito de trocar cartas com você. Mas diga com a máxima franqueza: isto o cansa? Acha inútil? Acho, ao contrário, que posso valer alguma coisa para ouvir as suas queixas contra a Igreja. Gosto muito de oração, mas ouvir os que batem à porta é a melhor forma de oração. E nunca a Igreja se fechou para rezar.

Sua carta é um grito de alma tão profundo que ecoou profundamente em mim. Não por mágoa contra você. Mas porque vejo através de suas palavras o mundo de preconceitos e de queixas, muitas justas, contra a Igreja e os católicos. E afirmo que por mais inútil e miserável que pessoalmente eu me sinta (e se o disse a você foi uma prova de amizade e de confiança que julguei autocrítica) digo: só uma coisa me preocupa no mundo – levar almas a Deus e à Igreja, sobretudo daqueles que fogem à difícil verdade.  Escreva-me uma linha com a maior franqueza (aliás não é preciso pedir).  Outra coisa: senão entender minha letra devolva a carta para eu passar a máquina.

Alceu

 

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