* Por Maria Eugenia Soares de Camargo *

Disaster baby, de Lilian Iaki, é um livro narrado em primeira pessoa, por uma garota que acredita que tudo para ela dá errado. Em pouco mais de 100 páginas, conhecemos uma história que nos traz a delícia e a frustração que é lidar com relacionamentos amorosos durante a adolescência.

A protagonista é uma menina tímida, dramática e com baixa autoestima, que ao levar um “bolo” de seu atual ficante e sobrar sozinha numa mesa de bar, começa uma conversa, de maneira inusitada, com Olhos Verdes, um moço extrovertido e charmoso que senta em sua mesa sem convite. Em cada uma de suas muitas histórias de desencontros amorosos que ela narra ao garoto, a menina crê ser um verdadeiro desastre quando se trata de amor, mas afinal quem não se sente um desastre no amor quando é jovem? No desenrolar da trama ela conhece novas pessoas, reencontra outras e percebe que ser volúvel nem sempre é ruim. É uma história que se passa em uma situação rotineira, porém com grandes e engraçados acontecimentos.

O livro fez com que eu me sentisse como se eu não estivesse sozinha, como se todos esses sentimentos bagunçados não estivessem só dentro de mim. Ele aborda o quão complicado pode ser o amor e o quão tentador ao mesmo tempo. Além disso, percebemos o quanto valorizar a nossa própria história é importante: a personagem narra suas memórias com uma nostalgia deliciosa, ás vezes triste, mas nunca perdendo sua essência.

Disaster baby é um livro que transforma uma situação cotidiana em uma noite divertida, com personagens de personalidade forte e uma trilha sonora incrível, que nos mostra que as histórias de amor nem sempre terminam mal.

Maria Eugenia Soares de Camargo, mais conhecida como Magê, é uma menina de 16 anos tentando se encontrar e que ama escrever poesia, estuda na Etec Gustavo Teixeira

Disaster baby, de Lilian Iaki (ed. Cuore, 136 págs.)

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