N a primavera de 1935, Virginia Woolf terminara de escrever As ondas. Para espairecer, lia os dois volumes da correspondência de Elizabeth Barrett Browning, a importante poeta da era vitoriana. Instigada por essa leitura, resolveu escrever Flush: uma biografia.
O relato divertido inicia na época em que Elizabeth conheceu o poeta Robert Browning, com quem, pouco tempo depois, ela se casaria às escondidas, “fugindo” com ele para a Itália. Foi um pouco antes disso que ela recebeu de presente, da também poeta Mary Russell Mitford, um filhote de cocker spaniel chamado Flush, que teria um importante papel em sua vida.
O livro foi um sucesso de público e rendeu bom dinheiro à autora, que estava no vermelho, no momento. Apesar disso, foi ignorado pela crítica, que chegou a dizer que a obra representava o fim da carreira literária da escritora.
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Flush: uma biografia, de Virginia Woolf (editora Autêntica, tradução de Tomaz Tadeu e posfácio de Maria Esther Maciel, 140 págs.)
