Quem é Henrique? Um menino que já passou dos 50 anos, mas que ainda é um menino com uma imaginação sem muito freio.

Quais são os cinco livros da sua vida? Essa é fácil: Cem anos de solidão, do Gabo; Meridiano de sangue, do Cormac McCarthy; O som e a fúria, do William Faulkner; Pedro Páramo, Juan Rulfo e, O velho e o mar, do Ernest Hemingway. Este então… li muito, tanto que meu primeiro filho, a primeira palavra que ele disse foi Hemingway.

Qual livro da literatura brasileira ou mundial você gostaria de ter escrito? São vários os livros que morro de inveja de seus autores. Mas acho que ficaria muito orgulhoso se tivesse escrito Cem anos de solidão ou qualquer outro livro da lista aí de cima. E da literatura brasileira, poderia citar Memórias póstumas de Brás Cubas, mas vou citar Ópera dos mortos, do Autran Dourado. Outro livro que eu gostaria de ter escrito é Obsessão, do Pete Dexter, é um livro estranho, mas de uma beleza extraordinária.

Qual livro você ainda quer escrever? Tenho alguns livros que ainda quero escrever. E não são poucos. Tenho alguns contos que darão um livro volumoso. Escrevi um romance ainda inédito intitulado Os primos, mas que ainda trabalho nele. E tenho me dedicado na escrita de um romance que não vou nem mencionar o título, um longo romance sobre algumas questões sociais que me afligem. E outros livros que ao longo da vida fui anotando um enredo, uma ideia, e que, quem sabe, um dia será um conto ou um novo romance.

Por que você escreve? Não sei. Meu pai dizia que eu sempre fui teimoso e, como eu comecei a escrever aos 12 anos, acho que insisti nisso porque gostava de escrever, apesar de tudo conspirar contra. E ainda gosto de escrever. Minha esposa disse que eu vivo pra dentro, então escrever é uma forma de viver um pouco do lado de fora. Quando eu era garoto eu escrevi uma crônica que foi publicada em um jornal da região em que eu morava. E quando meu pai chegou em casa com aquela alegria de ver a crônica impressa, com meu nome ali embaixo do título, eu vendo a alegria dele… eu pensei: vou escrever a vida toda só para ver a alegria dele. E aqui estou eu. Teimoso, não parei.

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