O Sesc São Carlos preparou uma programação para este mês que conta com espetáculo de circo, exibição de documentário, curso, oficina e intervenção artística para celebrar a diversidade cultural, a presença e a atualidade dos povos indígenas no país

“A área ‘Povos Indígenas’ do Programa Diversidade Cultural do Sesc SP tem como missão valorizar e difundir a riqueza e diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil. Nosso objetivo é criar espaços de protagonismo para os indígenas, provenientes tanto de aldeias, comunidades e Terras Indígenas, quanto de contextos urbanos, para que suas vozes sejam ouvidas e suas tradições apreciadas.

Com o intuito de fortalecer nossas ações e proporcionar maior visibilidade para o conjunto de atividades no regional, lançamos em 2019 a ação em rede ‘Abril Indígena’. No entanto, considerando a crescente importância mundial do ‘Dia Internacional dos Povos Indígenas’ (09 de agosto), data estabelecida pela ONU desde 1995 e cada vez mais referenciada pelo movimento indígena no Brasil, decidimos ampliar nossos esforços em desenvolver, neste ano, o evento em rede ‘Agosto Indígena’. Este ocorrerá ao longo de todo o mês de agosto, com a realização de diversas atividades em diferentes formatos e linguagens nas Unidades do Sesc São Paulo.

O tema disparador desta edição será ‘Brasil Terra Indígena’. A abordagem do ‘Agosto Indígena’ visa realçar a importância das Terras Indígenas na preservação cultural e ambiental, reconhecendo os direitos dos povos indígenas sobre suas terras ancestrais. Destaca-se o papel fundamental dos indígenas na defesa do meio ambiente e das florestas, conscientizando a sociedade sobre a valorização da diversidade étnica e cultural do Brasil. Promove a convivência harmoniosa, a valorização das tradições e conhecimentos indígenas, e reforça a contribuição inestimável desses povos para a história e a cultura do país.

O ‘Agosto Indígena’ busca fortalecer o entendimento mútuo e estreitar os laços de solidariedade entre os indígenas e a sociedade em geral, promovendo um futuro mais inclusivo e sustentável para todos.

Programação do Sesc São Carlos

Circo

Povo Parrir e a Salamandra: uma brincadeira-cerimônia
Com indígenas do povo Guarani Mbya (Tekoa Itakupe – TI Jaraguá)
Uma brincadeira-cerimônia que mistura palhaças, indígenas do Povo Guarani Mbya e uma Salamandra. Para brincar, cantar e dançar para celebrar a terra.
Dia 5/8, sábado, às 16h
Área de convivência interna. Grátis. Lugares Limitados.
Livre – Autoclassificação
Ações para a Cidadania
oficina
Fitoterapia indígena – Iwyrá Mbaretê
Com Catarina Delfina dos Santos e integrantes da aldeia Tapirema
Uma vivência a partir dos conhecimentos ancestrais sobre as plantas medicinais utilizadas pelos povos indígenas Tupi Guarani para banhos de infusões, maceração, emulsões, tinturas, defumação, xarope e garrafada. É uma história de vida contada pela comunidade, tendo como base a experiência dos mais velhos sobre a mata e o envolvimento com a natureza.

—-
Localizada na TI Piaçaguera, no litoral de São Paulo, a aldeia Tapirema é liderada pelo cacique Awá Tenondegwá e pelos mais velhos, entre eles Catarina Delfina dos Santos. A comunidade tem fortalecido a sua presença no território por meio de diversas iniciativas culturais, como cursos e vivências que unem conhecimentos de permacultura com os saberes tradicionais indígenas.

—–
Dias 5 e 6/8, sábado e domingo, das 14h às 17h
Galpão

Grátis – Inscrições na Central de Relacionamento e no portal sescsp.org.br
A partir de 16 anos- Autoclassificação

Cinema e Vídeo

CineBê
Série documental Primeira Infância Indígena, com direção de Rita da Silva e Kurt Shaw

A série documental Primeira Infância Indígena, com direção de Rita da Silva e Kurt Shaw, foi realizada com os povos indígenas do Alto Rio Negro, na região amazônica. Os seis curtas-metragens trazem reflexões importantes sobre como os povos originários do Rio Negro pensam e atuam para o desenvolvimento da primeira infância.
A série começou a ser produzida em 2015, quando Rita e Kurt entrevistaram mulheres de aldeias do rio Içana, que tinham como tradição cantar cantigas de ninar para crianças. Em 2018 e 2019, já com a produção avançada, Rita, Kurt e uma equipe de produção e pesquisa indígena exibiram os filmes ainda não finalizados mais de 50 vezes em mostras em aldeias e espaços urbanos onde vivem famílias indígenas. O objetivo foi dialogar com os povos originários sobre as suas práticas de cuidados locais mais importantes e nesse processo, ampliar a contribuição deles na construção das narrativas.
“Os filmes cresceram por conta da participação das pessoas que assistiram. Acrescentamos novas ideias, novas entrevistas e novas imagens depois”, conta Kurt.
No Alto Rio Negro vivem 27 etnias, que falam 22 línguas. Na série de documentários, cinco línguas estão presentes nas narrativas: baniwa, tukano, nheengatu, tuyuka e português. Todos os curtas são legendados em português.
O projeto da série de documentários venceu o edital Saving Brains, do Governo do Canadá, em 2017.

——
De 22 a 24/8, terça a quinta, às 16h30
Espaço de brincar
Grátis – Retirada de senha no local da atividade, com 30 minutos de antecedência. Lugares limitados.
Livre – Autoclassificação
Artes Visuais
Mirasawá em São Carlos
Por Moara Tupinambá
Um mural em lambe-lambe a partir da série Mirasawá, povo em nheengatu, com fotomontagens de retratos de indígenas de diversos cantos do Brasil.

Moara Tupinambá nasceu em Mairi – Belém do Pará, é artista visual e curadora ativista. Utiliza desenho, pintura, colagens, instalações, escrita, vídeo-entrevistas, fotografias, literatura. Sua poética percorre cartografias da memória, identidade, ancestralidade e reafirmação tupinambá na Amazônia. É vice-presidente da associação Wyka Kwara. É autora do livro “O sonho da Buya-wasú”, da editora Miolo Mole.

—–
De 29 a 31/8, terça a quinta, das 13h às 22h
Quadra de tênis

Grátis. Lugares Limitados.
Livre – Autoclassificação

Serviço:

Ingressos: Grátis. Lugares Limitados.

Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP

 

Tags: