D epois de dois anos em formato digital devido à pandemia de Covid-19, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) volta ao formato presencial em 2022. O evento acontecerá entre 23 a 27 de novembro deste ano. O curador e o homenageado desta edição serão anunciadas em breve.

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No dia 8 de junho a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da USP dá início a uma série de visitas monitoradas em suas instalações. No programa, o público poderá conhecer detalhes do funcionamento e das atividades desenvolvidas, além de ter contato com itens destacados de seu acervo, incluindo obras raras, manuscritos e objetos de arte. “É uma biblioteca com características especiais, formada por uma coleção de obras raras, algumas delas únicas, e temos que garantir a preservação deste acervo”, explica Alexandre Macchione Saes, diretor da BBM. “O fato de não ser uma biblioteca de livre circulação não significa que somos uma biblioteca fechada ao público. As visitas guiadas devem permitir essa aproximação da comunidade com os livros, estimulando o interesse, despertando a curiosidade e, inclusive, explicitando o caráter tão especial deste acervo”, destaca Saes.

Para inaugurar a iniciativa e comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna, foram selecionadas obras marcantes do Modernismo brasileiro, como primeiras edições, manuscritos, periódicos e livros de artista (objetos de arte criados em formato de livro) de autores icônicos como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Pagu e Oswaldo Goeldi. A equipe da BBM promoverá, periodicamente, uma nova seleção temática de sua coleção para apresentação aos participantes.

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A Amazônia do fim do século XIX era lugar de todas as gentes, de todas as cores, de todas as caras a falar um mundo de lingas. Mas nem tudo é verde esperança na floresta amazônica. A ideia de civilização nas imagens da Amazônia 1865-1908, de Maurício Zouein (Editora Telha) vem repleta de iconografias da época e tem por objetivo a compreensão das relações sociais, políticas, econômicas e culturais, transformadas em expressões visuais, que nos mostrem a luta local pela preservação do tradicional e do “progresso a qualquer custo”.

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A biografia As vidas de Chico Xavier, que acaba de ganhar uma nova edição ampliada e atualizada pela editora Planeta, será lançada com exclusividade em audiobook pela Storytel Brasil – uma das líderes globais em streaming de audiobooks, e-books e podcasts -, em 9 de junho. O autor do livro, Marcel Souto Maior, também dará voz ao áudio. O audiobook descreve a trajetória do médium e conta as histórias que inspiraram muitos de seus poemas, crônicas e mensagens. Considerado o maior médium do país e um dos brasileiros mais importantes do século XX, Chico Xavier viveu por 92 anos. Seus mais de 500 livros ficaram conhecidos por pregar a paz e propagar o equilíbrio e a solidariedade. Souto Maior é também o cocriador de programas televisivos de sucesso, como Profissão Repórter, com Caco Barcellos, e Na Moral, com Pedro Bial.

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infinito em um junco, que chega ao Brasil pela editora Intrínseca este mês, nasce das perguntas que alimentavam o pensamento da autora Irene Vallejo (foto) e de sua vontade de embarcar em uma jornada por tempos e terras distantes em busca de desvendá-las: “quando surgiram os livros?”, “qual é a história secreta dos esforços para multiplicá-los ou aniquilá-los?”, “o que se perdeu no caminho e o que se salvou?”, “por que alguns se tornaram clássicos?”, “que livros foram queimados com ódio e quais foram copiados da forma mais apaixonada?”. As respostas são dadas de forma informativa e cativante ao longo da obra, que foi considerada uma das melhores de 2020, segundo os jornais El Mundo, La Vanguardia e The New York Times na Espanha. Traduzido para mais de 30 idiomas, O infinito em um junco recebeu o Premio Nacional de Ensayo (2020) e o El Ojo Crítico de Narrativa  (2020), ambos da Espanha, e foi elogiado por nomes consagrados da literatura, como o escritor peruano, Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa.

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Ao lembrar cenas corriqueiras de sua infância e juventude, Haruki Murakami, um dos mais conhecidos autores japoneses contemporâneos, traz à tona traumas familiares e de guerra no recém-lançado Abandonar um gato (Companhia das Letras). Esmiuçando sua relação com o pai, com quem passou anos sem contato, o autor fala também sobre a história de um país.
O livro é um relato ímpar não só sobre a formação de um escritor, mas também de relações familiares complexas e dolorosas.

 

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