alinhavo

 

não se prende o ponto

no acima ou no abaixo

e se pende à destra

já rima na esquerda

além de algo menos

inclina horizontes

nem lua com luz

de empréstimo jaz – passa

 

lua acesa

a chama se justifica

pelo há muito apagado

quando o sol se põe reflexo

da luz que a lua projeta

entende-se o bem velado

nesse revelar se vela

um traço o giz

circula o planeta

num branco que nuvem

no escuro da lua

não para não foge

discreto à espera

de incerta palavra

e nele se apaga

*

Os poemas acima estão no livro Matula, de Moacir Amâncio (AnnaBlume, 166 págs.), que será lançado hoje dia 31), na Casa Guilherme de Almeida Prado (anexo), em São Paulo, entre 19h e 21h. Haverá bate-papo entre o autor e Antônio Vicente Pietroforte.

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